EM POMBAL: Prefeito e vereador se desentendem por motivo de recurso para construção de passagem molhada

 

Um fato acontecido na tarde de hoje, terça-feira (09.04), chamou a atenção da população de Pombal, dividindo opiniões.

A situação envolveu o prefeito do município Abimael de Sousa Lacerda (Dr. Verissinho) e o vereador João Leite Filho.

O motivo teria sido a destinação de recurso no Orçamento Geral da União (OGU-2024) no valor de R$ 250.000,00, conseguida através do deputado federal Ruy Carneiro, para a construção de passagem molhada no Riacho de Várzea Comprida dos Leite.

Antes, João Leite Filho, havia mantido contato telefônico com o gestor no sentido de informar a aquisição e que não estaria o município possibilitando o cadastro para recebimento do valor.

Na ocasião recebeu, do próprio, a informação de que o município de Pombal só estaria cadastrando emenda vinda diretamente para o prefeito e não para associações. E que ninguém havia falado nada a respeito.

“Você andou na frente porque quis andar. Ninguém falou com a gente”, disse ao parlamentar mirim, concluindo de forma taxativa “Quando o deputado federal fala diretamente com o prefeito é diferente, agora com intermediário no meio eu não quero nenhuma delas aqui”.

Mesmo com a insistência de João Leite, deixou claro que Pombal não tem duas prefeituras e só um prefeito e os recursos devem vir diretamente para o gestor e não através de vereador, dessa forma não interessava.

Ainda por telefone disse saber administrar Pombal e se a comunidade tivesse pedido o benefício teria feito, e não quer esse tipo de negócio pra não acontecer o que recentemente aconteceu na comunidade rural “Flores”, onde um representante fazia imagens dizendo se tratar de recurso adquirido por “Fulano”.

“Eu fiz uma cruz, não autorizo nada em Pombal que não seja direto do deputado com o prefeito. Quando a comunidade pedir tomarei as providências de mandar fazer um plano para construir lá”, se referindo a passagem molhada. Dr. Verissinho também esclareceu ser ele o prefeito até o dia 31 de dezembro.

Não satisfeito com a resposta dada, o edil procurou o chefe do executivo na prefeitura, sendo informado que o mesmo atendia na Policlínica, com a informação repassada se dirigiu até a referida unidade de saúde.

Chegando ao local, acompanhado da esposa e um filho menor, entregou a uma pessoa que trabalha no setor um ofício, recebendo a informação de que ele não assinaria o documento.

Segundo a versão apresentada, João Leite resolveu adentrar na sala, cuja porta estava apenas encostada, buscando ainda conseguir “finalizar” a intenção de entrega do documento com a assinatura de recebimento. Nesse momento houve um bate-boca, seguido de um mal estar no ambiente.

A Polícia Militar foi chamada ao local e diante da situação o próprio João Leite seguiu até a Delegacia de Polícia Civil para formular um B.O.

Um áudio gravado da ligação feita anteriormente foi compartilhado nas redes sociais. A gravação deixa clara a posição adotada de não haver interesse no recurso advindo do Orçamento Geral da União.  

O assunto também chegou à tribuna da Casa de Avelino Queiroga Cavalcanti na tarde desta terça-feira (9.4).

 

 

Marcelino Neto

Jornalista – DRT PB 3147